Com mais de 40 mil amantes da arte de soltar pipa, o Rio de Janeiro engrossa uma perigosa estatística. Homens com mais de 30 anos estão deixando de usar o tradicional cerol – a base de cola de madeira com vidro – para usar a “linha chilena”.
A técnica, que usa quartzo moído e óxido de alumínio, preocupa autoridades.
O produto importado facilmente pela internet corta quatro vezes mais do que a linha nacional. Os rolos são medidos em jardas e custam de R$8 a R$125 em lojas do subúrbio.
O menor tem 500 jardas, o equivalente a 457 metros e o maior 12 mil jardas, 10.968 metros.
Para tentar evitar a proliferação de lojas que revendem as linhas e proteger principalmente os motoqueiros, o deputado Dionísio Lins (PP) entrou com pedido junto à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na terça-feira (22), solicitando que o projeto de lei que proíbe a “linha chilena” seja votado em regime de urgência.
De acordo com o deputado, após aprovação, o projeto entra na pauta de votação da Alerj em 10 dias. “Ele determina a proibição dessa linha.
Ela é tão perigosa que não perde a propriedade de corte mesmo quando molhada pela chuva”, explica Lins.
O projeto de lei também determina que o comerciante flagrado vendendo o produto pague multas de mil Ufirs.
O valor pode ser acrescido 50 vezes em caso de reincidência.
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