Dispositivos para melhorar a frenagem como, por exemplo, o
freio antibloqueio (conhecido pela sigla ABS, anti-block system) é mais famoso
no mundo das quatro rodas, porém ano após ano ganha espaço também no universo
motociclístico.
O objetivo dos freios ABS, tanto nas motos como nos carros,
é frear com mais segurança e controle do veículo. Segundo o instituto das
seguradoras norte americanas para a segurança viária (IIHS - Insurance
Institute for Highway Security,), motos com ABS representam 28% a menos de
acidentes fatais em cada dez mil motos registradas nos Estados Unidos.
O sistema ABS atua nos freios da moto, impedindo que a(s)
roda(s) trave(m). Seu princípio de funcionamento é parecido com o de um
automóvel. Pequenos discos (semelhantes ao disco de freio, porém cheios de
ranhuras) instalados no cubo das rodas atuam com os sensores do ABS e realizam
a “leitura” da velocidade das rodas durante a frenagem. Quando a roda está
prestes a travar, os sensores enviam um sinal para a central do ABS e a mesma
envia um sinal para “aliviar” a pressão aplicada no freio.
Um dos principais objetivos dos avanços tecnológicos é a
segurança. Mas para as novas tecnologias chegarem às motocicletas levou certo
tempo. Nos carros, a alemã Mercedes Benz deu o passo inicial oferecendo como
opcional os freios antibloqueio na série S, já em 1978. Nas motocicletas o
primeiro ABS surgiu apenas dez anos depois com uma conterrânea, a BMW K 100.
Como a história do dispositivo é recente, poucos estilos de motos têm como
opção o uso do ABS. Para termos uma idéia do “atraso” desse recurso, somente em
2009 uma superesportiva pode vir equipada de fábrica com tal atrativo. Trata-se
das Honda CBR 2009, nas versões de 600 e 1000 cm³, disponíveis no exterior e
equipadas com um moderno sistema eletrônico de frenagem.
No ano de 2010 a Bosch iniciou a comercialização de um ABS
desenvolvido exclusivamente para motos. Na última terça feira, dia 24 de julho,
foi apresentado em Campinas, o novo sistema antibloqueio de frenagem geração 9, exclusivo para
motocicletas. A novidade tem a metade do tamanho do antecessor e um peso
reduzido para 700 gramas.
O ABS geração 9 conta com um sistema modular que permite
adotar diferentes variantes, atendendo uma ampla gama de funções. Na prática,
pode ser adaptado para uso em qualquer tipo de moto, seja de grande, média
ou baixa cilindrada – desde que a moto seja sempre equipada com freios disco e
atuação de freios hidráulica.
Com ou sem ABS:
Muitas motos apresentam versões com e sem o recurso. Essa prática é normal ao
redor do mundo, inclusive no Brasil. Abordando a questão de vendas o apelo da
segurança que o sistema oferece ainda não chama muito a atenção dos
motociclistas. Ou o preço superior da versão com ABS acaba fazendo o consumidor
abrir mão de sua segurança.
Atualmente cerca de 1% das motos vendidas no Brasil e na
Argentina são equipadas com ABS.
Excluídas da legislação:
A resolução 312 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) torna obrigatório o
uso do ABS em toda a frota nacional e importada produzida a partir de 1º de
janeiro de 2014. Infelizmente, o veículo motocicleta não faz parte dessa lista.
VEJA VÍDEO DEMONSTRATIVO DO SISTEMA ABS (EM MOTOS) EM FUNCIONAMENTO:
Todos os dias são divulgadas notícias sobre o crescimento do
trânsito nas grandes cidades.
Vivemos em uma época (e em um País) em que o consumismo e o
individualismo são prioridade; os governantes foram substituindo os investimentos em
ferrovias, metrôs, ciclovias e demais meios de transportes coletivos ou não
poluentes por investimentos públicos na construção de novas avenidas, viadutos
e túneis para que as pessoas pudessem transitar com seus veículos cada vez mais
modernos, inovadores e caros.
De outro lado, as ferrovias que em um País de dimensão
continental são fundamentais, foram sucateadas e privatizadas; em todas as
regiões metropolitanas também foram privatizadas as empresas de trens urbanos e
as empresas de transporte público municipais.
Também os investimentos no sistema metro ferroviários são
infinitamente menores do que necessitamos. Alguns dados servem como comparação:
em Paris o sistema de metrô tem mais de 213 km's para atender aproximadamente
2,5 milhões de pessoas da região metropolitana e o metrô da Cidade do México
tem mais de 250 km's para atender aproximadamente 19 milhões de pessoas da sua
Região Metropolitana. Enquanto isso o metrô de São Paulo que é o maior do
Brasil tem somente 61,3 km's para atender mais de 18 milhões de pessoas da
Região Metropolitana, o do Distrito Federal tem 42 km's para atender uma
população de aproximadamente 2,5 milhões de pessoas e como último exemplo em
Belo Horizonte que tem uma Região Metropolitana com mais de 11 milhões de habitantes
conta com somente 49 km's de metrô.
Recentemente o governo reduziu os juros dos carros zero km
para evitar os efeitos da crise financeira, mas a conseqüência dessa medida é
que teremos mais veículos nas ruas...
Muitos outros números poderiam ser dados para demonstrar a
inversão de prioridades que ocorreu no Brasil. É necessário aumentar faixas
exclusivas para os ônibus diminuindo assim o tempo da viajem; aumentar os terminais
de integração entre ônibus, metrô e ferrovia, diminuir o valor das passagens
para que o transporte seja acessível a todos, aumentar o número de ciclovias
para milhões de pessoas que utilizem esse meio de transporte entre várias
outras medidas.
Na China, país-sede dos Jogos Olímpicos de Pequim, existem
1,3 bilhões de habitantes e cerca de 500 milhões de bicicletas em todo o país.
Agora imagine trafegar por lá de automóvel. Difícil não é? Mesmo com uma
recente alta de consumidores de automóveis na China, grande parte de seus
habitantes ainda preferem utilizar a bicicleta, o meio de transporte mais
barato e habitual usado pelos chineses.
Porém, as cidades chinesas contam com um grande número de
ciclovias.
Para o futuro parece ser o meio mais viável para o trânsito
das grandes metrópoles o uso da bicicleta. Isto seria uma forma de diminuirmos
a propagação de poluentes na atmosfera, produzindo benefícios a saúde,
bem-estar físico e mental e não ficando preso no trânsito.
Em Amsterdã cerca de 26% do transporte é feito por
bicicletas que circulam por vias destinada apenas a elas. Mesmo no inverno
holandês, os habitantes de Amsterdã não dispensam o uso da bicicleta, onde os
jovens são os maiores utilizadores desse transporte.
O que está evidente, é que em breve as grandes cidades brasileiras como São Paulo, irão parar, e não existe uma solução imediata para o problema...
Deixo aqui uma piadinha para esse post:
No link abaixo o excepcional trabalho de um Agente de Trânsito desmanchando um enorme "nó" no cruzamento da Av. Sto. Amaro x R.Hélio Pelegrino:
Ventos fortes, céu limpo. O clima desta época é ideal para
soltar papagaios (pipas). O problema é que mesmo com muito alerta, tem gente
que continua usando cerol. Um descuido que pode transformar uma simples
brincadeira em um risco.
O
cerol é um material cortante feito de cola, vidro e restos de materiais
condutores de eletricidade. Por isso o perigo de usá-lo para soltar pipa,
próximo de redes elétricas e de pessoas.
O
cerol tem o poder de corte e causa as mesmas lesões de uma lâmina afiada. Os
ferimentos, na grande maioria dos casos, são profundos e, se atingir vasos de
grosso calibre podem matar instantaneamente.
Números:
A inocente brincadeira das crianças pode virar caso de polícia quando os acidentes
na maioria graves, ou fatais acontecem. Segundo levantamento da Associação
Brasileira de Motociclistas (Abram), de cada cem acidentes envolvendo linhas
com cerol, 25% são fatais, e 50% são graves ou gravíssimos.
Casos:
-Uma jovem de 25 anos teve os
tendões dos pés cortados enquanto atravessava a BR-262, em Cariacica. Ela tinha
acabado de descer de um ônibus e tentava chegar do outro lado da pista. Ao
passar pelo canteiro central, Dayana Andréia de Oliveira foi surpreendida por
uma linha, que continha cerol. Um carro passou, puxou a linha e fez com que ela
fosse cortada.
-Balconista de 47 anos voava com paramotor
(um tipo de paraquedas motorizado), quando uma linha com cerol provocou um
acidente, em Pompéia, a 467 km de São Paulo.
Ele ficou preso em fios de alta tensão, mas não se feriu.
Soares ficou preso na rede de transmissão de energia elétrica.
Além de ficar a mais de 20 metros do solo, o aventureiro corria o risco de
sofrer uma descarga elétrica. Pelos fios passam 138 mil volts. Durante o resgate
foi preciso cortar o fornecimento de energia em quatro cidades da região por
mais de quatro horas.
ALGUMAS IMAGENS DE ACIDENTES COM CEROL:
Site:
Após sofrer um acidente com uma linha de cerol em 2004, o mineiro Robson Moraes
Almeida resolveu explorar o tema e alertar outros motociclistas por meio da
conscientização.
Daí surgiu a ideia do site www.cerol.com.br
Além de informações sobre os perigos do cerol, o portal
também traz imagens de acidentes com o cortante e a legislação específica para
a proibição do artefato em vários Estados brasileiros.
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pré-pagos não precisam de selo). Não cole, nem lacre o envelope, ele precisa
estar aberto.
3 - No segundo envelope coloque o seu endereço com o
remetente e o endereço acima (em vermelho) como destinatário, sele se
necessário. (Envelopes pré-pagos não precisam de selo).
4 - Coloque o primeiro envelope, dentro do segundo, e
leve até uma agência dos correios.
5 - Em pouco tempo você receberá o primeiro envelope de
volta, junto com os dois adesivos.