quinta-feira, 19 de julho de 2012

Trânsito Caótico


Todos os dias são divulgadas notícias sobre o crescimento do trânsito nas grandes cidades.






Vivemos em uma época (e em um País) em que o consumismo e o individualismo são prioridade; os governantes  foram substituindo os investimentos em ferrovias, metrôs, ciclovias e demais meios de transportes coletivos ou não poluentes por investimentos públicos na construção de novas avenidas, viadutos e túneis para que as pessoas pudessem transitar com seus veículos cada vez mais modernos, inovadores e caros.







De outro lado, as ferrovias que em um País de dimensão continental são fundamentais, foram sucateadas e privatizadas; em todas as regiões metropolitanas também foram privatizadas as empresas de trens urbanos e as empresas de transporte público municipais.






Também os investimentos no sistema metro ferroviários são infinitamente menores do que necessitamos. Alguns dados servem como comparação: em Paris o sistema de metrô tem mais de 213 km's para atender aproximadamente 2,5 milhões de pessoas da região metropolitana e o metrô da Cidade do México tem mais de 250 km's para atender aproximadamente 19 milhões de pessoas da sua Região Metropolitana. Enquanto isso o metrô de São Paulo que é o maior do Brasil tem somente 61,3 km's para atender mais de 18 milhões de pessoas da Região Metropolitana, o do Distrito Federal tem 42 km's para atender uma população de aproximadamente 2,5 milhões de pessoas e como último exemplo em Belo Horizonte que tem uma Região Metropolitana com mais de 11 milhões de habitantes conta com somente 49 km's de metrô.


Recentemente o governo reduziu os juros dos carros zero km para evitar os efeitos da crise financeira, mas a conseqüência dessa medida é que teremos mais veículos nas ruas...
Muitos outros números poderiam ser dados para demonstrar a inversão de prioridades que ocorreu no Brasil. É necessário aumentar faixas exclusivas para os ônibus diminuindo assim o tempo da viajem; aumentar os terminais de integração entre ônibus, metrô e ferrovia, diminuir o valor das passagens para que o transporte seja acessível a todos, aumentar o número de ciclovias para milhões de pessoas que utilizem esse meio de transporte entre várias outras medidas.



Na China, país-sede dos Jogos Olímpicos de Pequim, existem 1,3 bilhões de habitantes e cerca de 500 milhões de bicicletas em todo o país. Agora imagine trafegar por lá de automóvel. Difícil não é? Mesmo com uma recente alta de consumidores de automóveis na China, grande parte de seus habitantes ainda preferem utilizar a bicicleta, o meio de transporte mais barato e habitual usado pelos chineses.



Porém, as cidades chinesas contam com um grande número de ciclovias.
Para o futuro parece ser o meio mais viável para o trânsito das grandes metrópoles o uso da bicicleta. Isto seria uma forma de diminuirmos a propagação de poluentes na atmosfera, produzindo benefícios a saúde, bem-estar físico e mental e não ficando preso no trânsito.








Em Amsterdã cerca de 26% do transporte é feito por bicicletas que circulam por vias destinada apenas a elas. Mesmo no inverno holandês, os habitantes de Amsterdã não dispensam o uso da bicicleta, onde os jovens são os maiores utilizadores desse transporte.

O que está evidente, é que em breve as grandes cidades brasileiras como São Paulo, irão parar, e não existe uma solução imediata para o problema...

Deixo aqui uma piadinha para esse post:



No link abaixo o excepcional trabalho de um Agente de Trânsito desmanchando um enorme "nó" no  cruzamento da Av. Sto. Amaro x R.Hélio Pelegrino:



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