Viajar de moto é uma das experiências mais fascinantes que
se pode ter nessa
vida. Quem não tem o coração de motociclista provavelmente nunca
entenderá o porquê.
Mas até mesmo eu, às vezes, fico me perguntando, afinal, por que é tão bom assim?
Não tenho respostas, só alguns pensamentos.
Em primeiro lugar, viajar de moto evoca sentimentos de tempos e realidades
muito distantes de nós; é como se nos transportássemos para outra época
e, de repente, lá estamos nós com nossa armadura, baixando a viseira de
nosso elmo, preparados para uma missão distante e desafiadora.
No fundo, mesmo que isso pareça meio estranho, todo motociclista se sente
como um guerreiro, deixando a segurança e o conforto de sua casa para ir
adiante, desbravar territórios e vencer desafios.
Também existe um sentimento quase místico, como se estivéssemos saindo de nossa
própria vida, vendo o que há lá fora. Viajar de moto é estar em
movimento, é deixar a monotonia. A casa, o trabalho, nossa cidade, tudo
fica para trás e seguimos adiante rumo ao desconhecido, mesmo que seja
apenas a cidadezinha turística 100km distante.
Viajar de moto também nos coloca em contato com uma outra vivência de relacionamentos
que rompe com os paradigmas da vida moderna. Não há chefe, nem
subordinados e clientes, apenas amigos, companheiros. E nenhum deles é
melhor do que o outro, ninguém está competindo, somente compartilhando.
Há também uma intensa ligação com o campo do conhecimento. Todas as
matérias estudadas em uma sala de aula são experimentadas, mas de uma
forma muito diferente da que qualquer professor conseguiu nos
proporcionar. A matemática está ali o tempo todo: são retas, curvas,
tangências, ângulos, 100, 120, 140km/h..., melhor parar por aqui. A
física então, nem se fala: inércia, aceleração, movimentos retilíneos
uniformes (ou não), calor, frio, velocidade do vento; porque isso não
parecia interessante na sala de aula?
A prática é muito melhor, intensa e verdadeira que a teoria.
A geografia e a biologia também são matérias sempre presentes em vales,
montanhas, serras, colinas, rios, desertos e cachoeiras, pássaros (sim,
eles ainda existem). Até mesmo a história, seja dos lugares ou das
pessoas que encontramos, acaba nos atraindo.
O português não fica de fora e nem limitado à leitura de algumas placas; viagem de moto
combina com histórias, contos, poesias, música e, claro, com o coração;
tudo inserido em longas conversas e não circunscritas a aulas, cadernos,
livros e horários.
Em uma viagem de moto também entramos em contato com nossos valores mais elevados.
Coisas como liberdade, respeito, responsabilidade, solidariedade, são sempre
presentes. Até mesmo nosso contato com o Criador é estimulado; nossa
mente viaja também, medita, contempla. Diante de todas estas
experiências olhamos para o dom maravilhoso que nos foi dado, a vida, e
para aquele que nos deu tudo isso e somos levados a dizer, ainda que sem
palavras: "muito obrigado".
Somos pequenos perante a força do Criador, mas grandes nos sentimentos propiciados pelas suas criações.
Somos motociclistas de viagem.
vida. Quem não tem o coração de motociclista provavelmente nunca
entenderá o porquê.
Mas até mesmo eu, às vezes, fico me perguntando, afinal, por que é tão bom assim?
Não tenho respostas, só alguns pensamentos.
Em primeiro lugar, viajar de moto evoca sentimentos de tempos e realidades
muito distantes de nós; é como se nos transportássemos para outra época
e, de repente, lá estamos nós com nossa armadura, baixando a viseira de
nosso elmo, preparados para uma missão distante e desafiadora.
No fundo, mesmo que isso pareça meio estranho, todo motociclista se sente
como um guerreiro, deixando a segurança e o conforto de sua casa para ir
adiante, desbravar territórios e vencer desafios.
Também existe um sentimento quase místico, como se estivéssemos saindo de nossa
própria vida, vendo o que há lá fora. Viajar de moto é estar em
movimento, é deixar a monotonia. A casa, o trabalho, nossa cidade, tudo
fica para trás e seguimos adiante rumo ao desconhecido, mesmo que seja
apenas a cidadezinha turística 100km distante.
Viajar de moto também nos coloca em contato com uma outra vivência de relacionamentos
que rompe com os paradigmas da vida moderna. Não há chefe, nem
subordinados e clientes, apenas amigos, companheiros. E nenhum deles é
melhor do que o outro, ninguém está competindo, somente compartilhando.
Há também uma intensa ligação com o campo do conhecimento. Todas as
matérias estudadas em uma sala de aula são experimentadas, mas de uma
forma muito diferente da que qualquer professor conseguiu nos
proporcionar. A matemática está ali o tempo todo: são retas, curvas,
tangências, ângulos, 100, 120, 140km/h..., melhor parar por aqui. A
física então, nem se fala: inércia, aceleração, movimentos retilíneos
uniformes (ou não), calor, frio, velocidade do vento; porque isso não
parecia interessante na sala de aula?
A prática é muito melhor, intensa e verdadeira que a teoria.
A geografia e a biologia também são matérias sempre presentes em vales,
montanhas, serras, colinas, rios, desertos e cachoeiras, pássaros (sim,
eles ainda existem). Até mesmo a história, seja dos lugares ou das
pessoas que encontramos, acaba nos atraindo.
O português não fica de fora e nem limitado à leitura de algumas placas; viagem de moto
combina com histórias, contos, poesias, música e, claro, com o coração;
tudo inserido em longas conversas e não circunscritas a aulas, cadernos,
livros e horários.
Em uma viagem de moto também entramos em contato com nossos valores mais elevados.
Coisas como liberdade, respeito, responsabilidade, solidariedade, são sempre
presentes. Até mesmo nosso contato com o Criador é estimulado; nossa
mente viaja também, medita, contempla. Diante de todas estas
experiências olhamos para o dom maravilhoso que nos foi dado, a vida, e
para aquele que nos deu tudo isso e somos levados a dizer, ainda que sem
palavras: "muito obrigado".
Somos pequenos perante a força do Criador, mas grandes nos sentimentos propiciados pelas suas criações.
Somos motociclistas de viagem.
Autor desconhecido.
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