Parte dos acidentes envolvendo veículos, pedestres, motocicletas e bicicletas, além de objetos imóveis, ocorre porque, em determinado momento, um desses elementos se encontra na trajetória de um veículo, mas fora do alcance de visão do motorista. Está numa área de não-visibilidade, o popular ponto cego. Todos os automóveis possuem pontos cegos, e os riscos de acidentes variam de acordo com o número e o tamanho desses pontos.
Um acidente cada vez mais freqüente em nossas vias está diretamente relacionado à incapacidade do motorista de um automóvel visualizar uma motocicleta que se movimenta em velocidade ao seu redor, passando rapidamente por alguns dos seus pontos cegos. A moto circula entre as faixas, muito próxima dos veículos, escondendo-se no ponto cego do espelho retrovisor externo.
Pensando na questão dos acidentes relacionados à falta de visibilidade do motorista, o Cesvi Brasil realizou um estudo visando a diferenciar os modelos de veículos quanto à visibilidade proporcionada, identificando quais oferecem mais e menos riscos à segurança no trânsito.
Este Índice de Visibilidade leva em consideração a medição e análise das áreas não-visíveis ao motorista, classificando-as de acordo com três principais parâmetros:
• Visibilidade dianteira;
• Visibilidade lateral;
• Visibilidade traseira.
Visibilidade dianteira:
O Cesvi mediu a área encoberta pelas colunas dianteiras, que podem fazer com que o motorista perca a visão de obstáculos quando está realizando uma manobra ou uma curva. Alguns fatores influenciam diretamente na visibilidade dianteira:
• Largura da coluna dianteira;
• Ângulo de inclinação da coluna;
• Adoção de um vigia lateral.
Visibilidade lateral:
É a visão proporcionada ao motorista pelos retrovisores externos, muito relacionada nos dias de hoje com acidentes com motociclistas, que circulam entre as faixas e se instalam nas áreas cegas.
Os fatores que influenciam na visibilidade lateral são os seguintes:
• Tamanho do espelho retrovisor;
• Área convexa do retrovisor dianteiro.
Visibilidade traseira:
Demonstra a medida do ponto cego na traseira do veículo, quando o motorista utiliza o retrovisor interno, não enxergando principalmente crianças de pequena estatura, cones, buracos, provocando acidentes freqüentes quando estes objetos estão próximos ao veículo, a uma distância inferior à necessária para entrar no campo de visão do motorista.
Fatores que influenciam:
• Posicionamento do sistema do limpador do vidro traseiro;
• Disposição do encosto de cabeça dos bancos traseiros;
• Inclinação da parte traseira do veículo;
• Tamanho do vidro traseiro.
Testes realizados com os veículos nacionais estão no site: www.cesvibrasil.com.br
Tecnologias para diminuição dos pontos cegos BLIS (“Blind Spot Information System”) Equipamentos como o BLIS monitoram os pontos cegos do veículo, alertando o motorista com uma luz de aviso próximo ao retrovisor se há algum veículo próximo a ele ou se aproximando do campo não visível do espelho retrovisor. O sistema nada mais é do que um conjunto de câmeras digitais ao lado do retrovisor, que detectam a aproximação de veículos em situações de risco, informando a movimentação de qualquer veículo que esteja numa velocidade 20 km/h inferior ou 70 km/h superior à do seu automóvel. Este dispositivo já é equipado no Volvo C30, no Audi Q7 e no novo Audi A3.
Sensores de estacionamento:
Há iniciativas em outros países voltadas para a implantação de pequenas câmeras na traseira do veículo, que permitem ao motorista enxergar o ambiente antes de executar uma manobra de ré, percebendo, assim, a existência de cones, de plantas, de pequenos muros e, principalmente, de crianças.
No Brasil, alguns veículos já incorporam sensores instalados na traseira que detectam obstáculos no percurso de ré. No caso do veículo estar muito próximo a um obstáculo, um som é emitido, alertando para o perigo de colisão.
Veja vídeo abaixo de um veículo da Ford com sensores de estacionamento:
(Clique no Play)
CONVEXO é a solução para os problemas do ponto cego.
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=sYc0vW3nM3M