Esta é uma ave muito especial, é a que mais tempo vive além de ser a que voa mais alto, quase sempre em voo solitário.
Ficam lá no alto, olhando o azul infinito. Alguma vez já pensou onde vão as águias quando a tormenta vem ? Onde é que elas se escondem ? Elas não se escondem… Abrem suas asas, que podem voar até 90 km por hora e enfrentam a tormenta. Enquanto todo mundo fica às escuras, embaixo, elas voam vitoriosas e em paz, lá em cima.
Quando chegam aos 35 anos, estão com as penas velhas, o que as impedem de voar, as unhas e o bico estão compridos demais, curvados, impedindo-as de se alimentar. Então, numa atitude instintiva e de coragem pela sobrevivência, procuram um lugar alto, próximo à uma rocha onde batem as unhas até que se quebrem. Em seguida o bico. Batida após batida, até cair. Enquanto isso, são alimentadas por outras, para que sobrevivam. Quando as unhas começam a crescer, ela vai arrancando as penas, uma a uma. Após aproximadamente 150 dias está completo o processo e ela parte para o vôo de renovação, com mais anos de vida pela frente.
Mas as águias também morrem. Quando sentem que chegou a hora de partir, não se lamentam nem ficam com medo. Tiram as últimas forças de seu cansado corpo e voam aos picos mais altos, quase inatingíveis, e aí esperam resignadamente o momento final. Até para morrer são extraordinárias.
Os índios e símbolos indígenas também são muito usados por motociclistas pelo sentimento de liberdade que representam.
Copio abaixo o depoimento de M. A. Soares Diretor do Navarro Highway M.C. de Bragança Paulista:
O motociclismo é um estilo de vida que tem o poder de transformar homens comuns em super-heróis que cruzam o asfalto com suas possantes máquinas de sonho.
Ser motociclista é valorizar a amizade e o companheirismo dos colegas da tribo, ter o prazer de se evadir da realidade de uma vida monótona e rotineira, saindo sem destino pelo mundo afora, sentindo o vento bater no rosto, no peito,o sol abrasando a pele por baixo das roupas de couro ou o frio que congela as mãos do guerreiro da estrada.
Ser motociclista é sentir um arrepio na pele ao ouvir o ronco do motor da moto, sentir as batidas do coração, que aceleram no mesmo ritmo que ela. É enfrentar os riscos e perigos para viver essa paixão incontrolável, pela qual se vive e muitas vezes se morre, sempre em busca da emoção de quem vive nas estradas um sonho real de liberdade e glória.
Amar o motociclismo é também acompanhar nosso ego em seus encontros e viagens. É saber dividi-lo com outras duas amantes: a estrada e a moto, sem nunca disputar a prioridade no coração do Guerreiro Estradeiro, por saber que o páreo é duro.
Ou então ficar esperando por ele, contando os minutos para que ele volte de sua solitária jornada, na certeza de que, por mais distantes que sejam os caminhos percorridos, aquele índio motociclista voltará para casa, encharcado pela chuva, com o capacete embaixo do braço e as roupas sujas de lama, como uma águia cansada que volta para o abrigo do ninho depois de um longo vôo, esperando para enfim tirar dele aquela armadura de couro negro e aconchega-lo em nosso peito, até o momento em que apareça uma nova viagem...
Fonte: site da HDpoint.com.br./site navajohighwaymc.com/Fotos por Johnny Adriani.