Que atire a primeira pedra o curitibano, com mais de 60 anos de idade, que na sua juventude foi motorista ou motociclista e que, nesta fase da vida, não ficou apavorado, pelo menos uma vez, quando notou a aproximação de um guarda de trânsito montado numa possante motocicleta Harley Davidson de 1.200 cilindradas.
Isto porque estava cometendo alguma infração no tocante a equipamentos do veículo, documentos, habilitação, etc.
Os guardas ou inspetores de trânsito, pertencentes ao Departamento de Serviço de Trânsito - DST - eram o terror da gurizada nas décadas de l.940, 50, 60 e por demais conhecidos dos motoristas e motociclistas, talvez por serem em número reduzido e quando "pintavam no pedaço" era só guri "saindo de fininho".
As primeiras motocicletas Harley Davidson, fabricadas nos Estados Unidos e destinadas ao uso pelos inspetores chegaram a Curitiba em 1943 e foram expostas ao público na Rua Barão do Rio Branco, onde ficava o DST.
No dia 13 de maio de 1945 foi realizada uma procissão alusiva ao Dia da Vitória (Segunda Guerra Mundial) na Rua Pedro Ivo, onde estava localizado o Quartel General do Exército e, as motocicletas do DST estavam lá pilotadas pelos inspetores.
- As HD de 1943 e Inspetores na frente do DST; e Inspetores Landau, Djalma, Quege e Mocelim, da esquerda para a direita, no centro de Curitiba.
Inspetor Quege montado numa HD, tendo atrás o automóvel marca Skoda de sua propriedade
Antônio Quege Júnior - nasceu em 6 de janeiro de 1914 em São José dos Pinhais onde hoje está o município de Fazenda Rio Grande, tendo ingressado no DST em 1940, obtido aposentadoria em 1975 depois de passar por todos os degraus da carreira e falecido em 8 de outubro de 1993.
Relata seu filho Moacir que, numa ocasião, quando escoltava automóvel que transportava o então governador Bento Munhoz da Rocha Neto ao Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, pela Avenida Salgado Filho, nas proximidades do Rio Iguaçu, Antonio perdeu o controle da motocicleta num desnível da pista e caiu, quebrando a sua clavícula em dois lugares e ficando "de molho" durante 60 dias.
Noutra oportunidade, teve o braço quebrado em dois lugares também quando acionava a manivela de um caminhão-guincho do DST e a catraca escapou.
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