quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Piada de Harley

"Billy! Comprei uma Harley!"

- Alô? Billy? Aqui é o Renato. Tudo bem? Estou te ligando para comunicar que, finalmente, comprei a minha Harley, Harley Davidson!

- Êêêêhhh Renato! Parabéns, cara! Até que enfim você entrou no 1° mundo! Qual é o modelo que você comprou?

- Não sei direito. Tem uma porção de letras. Acho que é FXLFTGRJH. Não... FGTRSHFGDLO.... ou ... bom, o que importa é que é uma HARLEY. Entendeu? RARRRRRRRRRRRRRRRRRLEEEEIIIIIII!

- Quanto você pagou?

- Ihhhh Billy, eu já nem sei. Lembra da minha Vulcan?

- Lembro.

- Da Virago?

- Sim, lembro.

- Da CG?

- Lembro Renato! Diga logo quanto você pagou?

- Bom. É isso que eu estava tentando contar. Dei as três motos e financiei o resto em 80 vezes. Acho que foi bom negócio, certo?

- Claro Renato! O que vale é a Harley, o preço não importa!

- Certo Billy. Isso mesmo! Mas irei ficar um bom tempo sem poder comprar cuecas por causa disso.

- E daí, Renato? Quem anda de Harley não precisa usar cuecas! A não ser que seja original, da Harley.

- Uéeee. A Harley fabrica cuecas, Billy?

- Claro. Fabrica tudo que você possa pendurar, costurar, usar, vestir... Tudo! Você vai adorar.

- Não. Não precisa, Billy. Só quero andar de moto e, de preferência, de cuecas. Mesmo que sejam as minhas antigas e furadas.

- Que nada Renato. Imagine você de cuecas Harley Davidson, heimmm? São pretas... Com as inscrições "Live to ride... ride to live" na frente, em letras douradas. O máximo!

- Billy! Não te liguei para falar de cuecas. Liguei para falar da minha moto nova. A minha RRRRAAAARRRRRLLLLLEEEEEIIIIIII!

- Qual é a cor, Renato?

- Cinza, cinza metálico.

- Renato. Acho bom você pensar em pintá-la com uma cor mais especial, exclusiva. Tem uma cara em São Paulo que faz uma pintura... hummmm. Um espetáculo. Leva 32 camadas de verniz com protetor solar ultravioleta com 5% de piretróide de triplicina. Em 3 semanas ele te entrega tudo se o tempo estiver bom. Ele cobra 2500 dólares para pintar.

- Pintar? Tá maluco? A moto é nova! Novinha! É uma RRRRARRRRRRLLLLLEEEIIIII, entendeu? E esse negócio de dólares... estou no Brasil! Comprei em Reais.

- Certo, Renato, Mas a pintura original não é lá estas coisas. Aliás, podes colocar umas labaredas no tanque.

- Billy. Não inventa! Paguei uma nota preta nesta moto, é uma RRRRRARRRRRRLLLEEEEIII e não vou desmontar para pintar nada. Alias, depois que desmonta fica tudo solto... não quero saber disso não.

- Renato, mesmo assim você vai ter que tirar todos os parafusos e colocar "Loc-tite" em todos eles e apertar de novo. Você tem torquímetro aí?

- LOC o que? Porquímetro? Ô Billy. Acho que você não entendeu ainda. Você bebeu? Eu comprei uma RRRAAARRRLLLLEEYYYYY! Custou uma grana! Uma legenda. Uma marca intocável, Billy?

- É... mas você terá que colocar um "easy boy" para que a embreagem fique "apertável". Os amortecedores são só para constar. Você deverá trocá-los por outros que funcionem. A carburação deverá ser modificada com o kit "Dyna Jet". A instalação de um radiador de óleo é indicado, pois ela esquenta muito. Os canos, você deverá trocar para obter um barulho melhor. O banco, para o garupa, não presta. Você pode trocar por um outro mais confortável. Compre também um kit de ferramentas em polegadas.

- Billy... acho que comprei um problema!

- Que nada, Renato. Você comprou uma Harley! Harley é assim mesmo! É o problema mais gostoso da vida! Resolve até problema de casamento problemático.

- Como assim, Billy?

- Ao invés de você ficar brigando com sua mulher em casa, a toda hora, você irá substituir as brigas por várias idas ao mecânico e na garagem, com sua "gorda" caixa de ferramentas para apertar tudo que tiver solto!

- Não pode ser Billy. Liguei-a na garagem, quando ela chegou e ela vibra muito! Fiquei com a mão formigando. Além do mais tem uns pinguinhos de óleo embaixo dela. Deve ter vindo com problema.

- Não!!!! Nada disso! O vazamento e a vibração são acessórios Made in Harley. Nenhuma outra moto tem isso, Renato.

- Pelo jeito, Billy, vou ter que comprar outra moto só de acessórios. Mas agora eu não posso. Tenho que pagar as prestações.

- Não Renato. Por ora não. Vá levando. Pense em outras coisas também importantes.

- Como assim, Billy?

- Você já tem apelido? Algo sugestivo como "Lobo", "Killer", "Rambo"? Algo mais americano, sabe. Mais "easy rider".

- Não. Não tenho. Vou pensar em um, Renato.

- Mas tem que ser algo forte, pesado, sugestivo. Afinal, você tem uma Harley!

- Hummmmm... vou pensar. Que tal "Hurricane", Billy?

- É um bom começo. Vá pensando. Terá que ter algo em comum com a moto e a sua tatuagem.

- Mas eu não tenho tatuagem Billy!

- Então providencie uma. Para ter Harley tem que ter apelido... tatuagem... cara de mal.

- Mas que tatuagem? E se minha mãe souber?

- Ô Billy; quem tem Harley não liga para o que a mãe fala. Não toma mel... mastiga a colméia toda, entendeu? Tem que ser uma tatuagem com lobo, águia, caveira...

- Mas para que isso? Só quero andar de moto! Billy.

- Renato... você tem uma Harley. E é assim... pronto! Compre a carreta e comece a escrever um livro de suas aventuras. Você ainda vai ganhar dinheiro!

- Para que a carreta? E o livro, Billy?

Ahhhh. Você vai ter muita estória para contar. Você vai ver... a carreta.... bom. Isso eu te conto depois. Vá viajar primeiro! Boa sorte! Que nossa senhora dos parafusos te acompanhe!

Fonte: Mamutes M.C.
Autor: Ricardo Morgado

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