sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Carros ficarão mais caros, porém, mais seguros.

Sob protestos de montadoras, começam a entrar em vigor, a partir do próximo ano, resoluções que tornam obrigatória a instalação de vários itens de segurança nos automóveis.

Quatro equipamentos - freio ABS, air bag, rastreador e terceira luz de freio (brake light) - vão encarecer os preços dos carros em quase R$ 4 mil.
Para executivos do setor automobilístico, a segurança é importante, mas cabe ao consumidor optar por ter ou não os sistemas em seus veículos.

Em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a crise, o presidente da Fiat, Cledorvino Belini, demonstrou preocupação com iniciativas que vão encarecer a produção, como o projeto que torna obrigatório o rastreador.
A norma passa a vigorar em agosto.
Segundo o executivo, o item elevará os custos, por veículo, entre R$ 600 e R$ 800. Em janeiro, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) deve aprovar a obrigatoriedade de todos os carros, inclusive os populares, de saírem de fábrica com ABS (sistema antibloqueio de frenagem) e air bag, bolsa inflável que evita o choque do corpo com o volante ou pára-brisa.


Bomba do freio antitravamento e válvulas
Hoje, como opcionais, os dois itens custam entre R$ 2,8 mil e R$ 3 mil.
A instalação será escalonada e cada empresa pode determinar os modelos que receberão os equipamentos primeiro.
A partir de janeiro de 2011, 20% dos veículos sairão de fábrica com ABS, porcentual que sobe para 40% em 2013 e 100% em 2014.
Para o air bag, a exigência começa em 15% dos carros em janeiro de 2012, vai para 30% em 2013 e para 100% no ano seguinte.
O escalonamento foi um pedido da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A mesma norma será adotada para o rastreador, mas em prazo mais curto.

Em agosto de 2009 a exigência de air bag vale para 20% da produção total de automóveis e comerciais leves, porcentual que sobe para 40% em fevereiro de 2010 e 100% em agosto do mesmo ano. Esse item custa entre R$ 100 e R$ 200.

Maria Inês Dolci, coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pró-Teste), critica a demora para a obrigatoriedade de instalação dos itens em todos os carros novos.
"O governo não deveria aceitar um prazo tão longo, pois muitas vidas poderiam ser preservadas", afirma Maria Inês.

A Pró-Teste defende que o governo reduza os impostos cobrados dos automóveis para incentivar a instalação de equipamentos de segurança. Montadoras foram procuradas, mas não comentaram o assunto.

Fonte: Agência Estado.




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